No dia 11 de Março de 2011, os alunos da Educação Especial, integrados nas suas turmas, devidamente acompanhados pelos Docentes de Educação Especial – António Soares e Sónia Pereira e pelas técnicas operacionais Paula e Beatriz, participaram numa visita de estudo à cidade do Porto.
Com esta visita perseguiram-se os seguintes objectivos: (i) promover a socialização – saber ser, saber estar, conviver; (ii) desenvolver a curiosidade; (iii) desenvolver a noção de espaço-tempo.
Saímos de Lamego por volta das 8:30 horas e chegamos ao Porto por volta das 10:30 horas. Tomamos o pequeno almoço e iniciamos a visita pela igreja de S. Francisco, uma belíssima obra – Monumento Nacional – que, como o guia não se cansou de referir, se destaca pela sua história atribulada e por estilos arquitectónicos que vão do gótico exterior à riqueza barroca dos seus altares interiores.
Seguimos para um anexo da Igreja de S. Francisco, o impressionante cemitério subterrâneo, designado de catacumbas. Trata-se de uma obra inspirada nas catacumbas romanas cuja construção se iniciou no final da 1.a metade do século XVIII, altura em que ainda não eram conhecidos os cemitérios públicos. Seguiu-se o almoço no Parque da Cidade.
E, de seguida, a visita ao Palácio da Bolsa, ora Sede da Associação Comercial do Porto. Trata-se de um Palácio estruturado em vários espaços: Pátio das Nações, Tribunal do Comércio, Sala do Presidente e Salão Árabe, todos de grande valor histórico-cultural. Todavia, por ser amplo e esplendorosamente revestido a ouro, é o Salão Árabe que se constitui como verdadeiro ex-libris deste Palácio.
Terminada a visita, e depois de um passeio pela Ribeira do Porto – Património da Humanidade – e de refazer os estômagos com o que restou do almoço, partimos para Lamego, onde chegamos por volta das 19:00 horas.
A inclusão é, como nesta visita de estudo, a partilha total do tempo e do espaço numa perspectiva socializadora e adequada às capacidades de cada aluno. A cada um segundo as suas capacidades e necessidades.
Para quem considera despicienda e sem importância a inclusão dos alunos NEE nestas viagens, nada melhor que auscultá-los após a visita.
Finalmente importa destacar dois aspectos: um mau, outro bom.
O mau, refere-se ao facto de estes monumentos estarem pejados de barreiras arquitectónicas impeditivas da inclusão.
Será que, num país onde se assinam todas as convenções internacionais sobre inclusão, ninguém se lembra que há cidadãos com handicap fisico-motor? Será que, neste país, se considera que os referidas cidadãos não precisam de aceder aos mesmos espaços histórico-culturais que os restantes?
O bom, refere-se refere-se à deferência com que fomos recebidos, às explicações dados acerca da história dos monumentos visitados bem como à ajuda física prestada por estes guias para vencer as muitas barreiras arquitectónicas dos monumentos visitados.
Os alunos da Educação Especial fizeram uma ficha exploratória relativa à viagem a efectuar e outra ficha reflexiva, no primeiro dia de aulas, a seguir à visita.
Todos se mostraram entusiasmados, felizes e dispostos a participar noutras viagens de estudo.
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